Ciência

UFPel desenvolve projeto para prevenir infecções em hospitais

Iniciativa conta com outros hospitais da região, como Husfp, HU da Furg e órgãos nacionais e internacionais

Foto: Divulgação - Pesquisadores da UFPel lideram a pesquisa contemplada pela Fiocruz


Uma equipe liderada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) teve um projeto em rede contemplado no Programa Inova Fiocruz – Programa de Saúde em Pesquisa em Saúde Única/Rede Saúde RS. A proposta aprovada versa sobre a avaliação do cenário de Resistência Antimicrobiana (RAM) em hospitais universitários e uma proposta de tecnologias para prevenção, controle e monitoramento das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). A coordenação é do professor da UFPel Rafael Lund.

Integram a equipe do projeto outros docentes da UFPel, representantes do Hospital Escola (HE/UCPel), Hospital São Francisco de Paula da Universidade Católica de Pelotas (HUSFP/UCPel), Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr., da Universidade Federal do Rio Grande (HU/FURG), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fiocruz Brasília (Fundação Oswaldo Cruz – Distrito Federal), contando com a colaboração internacional da Universidade Nacional da Singapura (NUS) e da empresa Cristófoli Equipamentos de Biossegurança Ltda.

O Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, “Inova Fiocruz”, tem como objetivo fomentar a pesquisa e a inovação resultando na entrega de produtos, conhecimento e serviços para a sociedade. Essa chamada busca fortalecer a capacidade de pesquisa da Rede Saúde do Rio Grande do Sul, em consonância com as políticas preconizadas pelo SUS no estado. Também propõe a realização de pesquisas científicas ou tecnológicas de caráter inovador, multicêntricas (corporativas ou em rede) entre grupos de pesquisa vinculados aos Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) que integram a Rede Saúde RS e pesquisadores da Fiocruz.

O projeto liderado pela UFPel é composto por três etapas. A primeira é a prospecção tecnológica e científica do uso de tecnologias em saúde em hospitais para o tratamento da RAM. O segundo ponto é o estudo retrospectivo dos casos de RAM em hospitais universitários, com ferramentas de análise de dados para identificação de tendências de uso de antimicrobianos e de infecções causadas por microrganismos resistentes no hospital, permitindo a identificação do cenário da RAM em hospitais universitários.

Por fim, o projeto também inclui a implementação de estratégias para otimizar e aprimorar programas de gestão de RAM, com o amadurecimento de tecnologia de um biomaterial antimicrobiano à base de celulose bacteriana funcionalizada com pentóxido de nióbio e óxido de grafeno para aplicação frente a cepas multirresistentes que já vem sendo investigado pelo grupo de pesquisa do coordenador do projeto.

Biomaterial

Para esta última etapa de desenvolvimento do biomaterial, o professor Lund já havia sido contemplado com a aprovação de um projeto que visa apoiar a realização de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e a implementação de iniciativas de aplicação na sociedade de soluções tecnológicas e empresariais utilizando o grafeno e materiais 2D à base de carbono. A iniciativa é realizada nas fronteiras da física, química, ciências da saúde e engenharias que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico, a inovação e o empreendedorismo do país, em conformidade com o Programa MCTI de Inovação em Grafeno (InovaGrafeno-MCTI), no âmbito da Política Nacional de Materiais Avançados e do Plano de Ação do MCTI para a Área de Materiais Avançados. Foram aprovados 21 projetos na Linha 1, sendo dois da UFPel, um destes coordenado por Lund, intitulado “Desenvolvimento de uma membrana de celulose bacteriana, óxido de grafeno e pentóxido de nióbio para cicatrização de pele”. Esse projeto também conta com a cooperação internacional da Universidade Nacional da Singapura.

Desenvolvimento de Tecnologia
De acordo com o docente, a contribuição do desenvolvimento de uma tecnologia nacional de resistência antimicrobiana para o avanço do conhecimento técnico-científico incluirá o estímulo à pesquisa sobre resistência antimicrobiana. Também envolverá o desenvolvimento de novas abordagens para o tratamento de infecções resistentes e maior compreensão da relação entre a saúde humana, animal e ambiental, em linha com o conceito de “One Health”. A iniciativa ainda inclui fomento à colaboração interdisciplinar, aumentando a eficiência de soluções para questões de saúde pública e fortalecimento da capacidade técnico-científica nacional, resultando em uma possível contribuição à solução de problemas globais.

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